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PERSONAL TRAINER É CARO?

O Treino Personalizado é frequentemente considerado caro, sobretudo por quem nunca o experimentou. Este “rótulo” faz-nos pensar que devemos esclarecer a nossa posição com o objetivo de ajudar a comunidade a compreender que o Treino Personalizado pode ser tanto um luxo quanto menor for a sua necessidade. O problema começa precisamente numa falta de capacidade de distinção entre dois conceitos: preço/custo e valor.

Preço/custo é o que se paga por um produto ou serviço, ou seja, aquilo que entregamos para ter algo em troca. Por sua vez, valor diz respeito ao que permanece connosco após o serviço ou o consumo do produto em questão. Preço/custo é o que o cliente paga, valor é o que ele leva.

Partimos pelo pressuposto de que numa maneira geral não há necessidade de ter um PT, no entanto em muito casos existe essa necessidade. Dependerá dos objetivos, necessidades, nível de treino da pessoa, entre outros fatores. O conceito de “caro” ou “barato” dependerá da capacidade económica de cada um, tenha ele necessidade ou não. Uma coisa é a nossa capacidade financeira, outra coisa é a necessidade de um serviço.

Compreende-se que num país com um salário mínimo tão baixo, rendas e combustíveis tão altos e tão poucos incentivos tributários para com o exercício físico, fica muito difícil tornar o Treino Personalizado acessível a quem tem menos capacidade económica. Mas se adquirir um serviço de PT 2-3 vezes por semana durante alguns meses e acha caro, porque considera aceitável a fisioterapia 2-3 vezes por semana durante o mesmo tempo algo barato? É que o preço/custo é muitas vezes o mesmo! Porque consideramos barato tratar uma lesão e preveni-la ou recuperar/reforçar uma estrutura corporal através do treino já achamos caro? E aquela jantarada com os amigos que pagariam um mês inteiro no ginásio a treinar?

É, sem dúvida, uma questão de prioridades. Quando é preciso, canalizamos as nossas possibilidades para o que é necessário. Há fases de recuperação de doenças/lesões em que é necessário um médico ou um fisioterapeuta, e, em algumas dessas, nem vale a pena pensar em treinar, porque ainda não há capacidade funcional para tal. Noutras situações é possível começar ambos em simultâneo, nem que seja em partes diferentes do corpo e com abordagens distintas (p.e. treino com resistências dinâmico ou treino com resistência manual isométrica). A fisioterapia surge como primordial numa primeira fase de melhoria da estrutura para voltar a ter capacidade funcional, mas o treino é mais eficaz numa segunda fase de reforço e prevenção, e esta fase sim levará mais tempo e assume um papel mais duradouro e rotineiro. Ambas são importantes, embora cada uma seja mais eficaz em diferentes fases.

Não precisamos de fazer os nossos clientes/alunos acreditar que dependem de nós para o resto da vida. Qual é o mal de lhes darmos autonomia e, ao longo do tempo ensiná-los a treinar e a serem capazes de fazerem um bom trabalho, personalizado (na medida do possível), que lhes leve de encontro aos seus objetivos e necessidades e com menos custos? Assim, sentem que não lhes extorquimos dinheiro, aconselham-nos a terceiros e, um dia, até nos abrem espaço na agenda para ajudarmos outras pessoas!

Com estudo e criticismo, com o nosso próprio trabalho, poderemos demonstrar o valor que temos, para assim eles compreenderem melhor o preço/custo que colocamos. Um dia, com maior autonomia, poderão treinar “sozinhos” nas salas de treino e vão falar bem de nós na mesma, porque tiveram o nosso melhor e compreendem o nosso valor.